Não despreze os pequenos começos

No nosso devocional de hoje, falaremos um pouco sobre este tema tão singular: Não despreze os pequenos começos. Bem, a gente costuma não valorizar as pequenas coisas, mas são elas que formam as maiores.

Não sei se você sabe, mas o prédio mais alto do mundo, hoje, é o Burj Khalifa, em Dubai. Essa obra faraônica possui 828 metros de altura e 163 andares. É muito alto.

É muito fácil admirar uma obra tão grandiosa depois de concluída. Mas, por mais que seja difícil imaginar, essa grande obra teve o seu primeiro tijolo.

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Isso me leva a refletir: até o maior prédio do mundo precisou de um primeiro bloco de concreto.

Tudo na vida tem o seu começo! E mesmo as grandes coisas podem ter inícios pequenos.

As pessoas não valorizam os pequenos começos. Mas são eles que possibilitam coisas maiores.

Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel.

Zacarias 4.10 (ARA)

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Uma obra grandiosa

A Bíblia também fala de uma construção magnífica. Ela também atraía inúmeros visitantes. Ela também impressionava por sua grandeza. Ela também representava uma cidade, um povo.

Estou falando do esplêndido templo de Davi e Salomão. É impossível falar da história do povo de Israel e de Judá sem mencionar essa grande obra. Era tão grandiosa que alguns cálculos estimam o seu custo em mais de 100 bilhões de dólares, em moeda de hoje.

Apesar de ser tão luxuoso e ter tesouros incontáveis, ele era muito mais que um cartão postal:

  • Ele foi construído para ser o centro da adoração dos israelitas. 
  • Era um símbolo de unidade, pois todos deveriam adorar naquele lugar. 
  • E era um motivo de orgulho nacional.

Um povo cativo e sem templo

Mas, como resultado de uma vida de desobediência a Deus, o povo é exilado na Babilônia. O povo foi levado para uma terra estranha, e ficou cativo por um período de 70 anos (Jeremias 52, II Reis 25, II Crônicas 36).

Nabucodonosor, o terrível rei da Babilônia, destrói o templo e rouba todos os tesouros.

Mas Deus tem sempre um plano. Ele corrige a quem ama, mas a sua ira dura apenas um instante. As suas misericórdias não têm fim, e se renovam a cada manhã.

Ele provê um escape para o seu povo. Por volta do ano 538 a.C., o rei Ciro decreta o fim do cativeiro. Os 70 anos profetizados haviam se cumprido.

O pequeno (re)começo

Você pode estar pensando que este foi o final feliz para essa história. Mas não é tão simples assim. A alegria, o riso e os cânticos logo se convertem em choro e desânimo. Ao chegarem a terra, o cenário era de total desolação.

Jerusalém estava abandonada. Sem lideranças, sem templo, sem muros. O que restava eram cinzas, escombros e entulho. Onde estava a grandeza de Jerusalém?

Era necessário reconstruir uma nação. E o desafio era enorme. Nesses momentos, era fundamental ter um elo que unisse o povo em uma mesma direção. E isso só seria possível através da reconstrução do templo. Ele era o maior símbolo da identidade da nação.

Um homem se levanta com esta missão. Ele sabia que a reconstrução do templo era fundamental para resgatar a autoestima, o ânimo e a memória dos judeus. O seu nome era Zorobabel, um descendente direto da linhagem de Davi.

O Deus que faz coisas grandes

Mas o desafio da reconstrução não é fácil. Os construtores recebem dois tipos de reação por parte do povo:

  1. Entre os mais novos, havia um entusiasmo, uma alegria imensa por ver aquele templo sendo reconstruído.
  2. Entre os mais velhos (muitos dos quais haviam visto a grandeza do templo antigo) havia um sentimento de desconfiança e desalento

Na verdade, é até compreensível, do ponto de vista humano, a visão daqueles céticos em relação a obra. Eles viram a grandeza do primeiro templo (o de Davi e Salomão). Em termos de riquezas, era impossível alcançá-lo.

Na mente dos desanimandos, havia uma ideia de comparação de inferioridade. O pensamento deles era:

Será que Deus está neste negócio? Esta obra é muito humilde em relação a antiga…

Mas o que eles não estavam entendendo era o fato de Deus usar os pequenos começos. Deus faz coisas grandes a partir de coisas pequenas.

Um Deus tão grande pode fazer coisas grandes a partir de coisas pequenas

O erro de muitas pessoas é o de não enxergar o agir de Deus nesses pequenos começos.

Existe uma mania de grandeza no nosso tempo. As pessoas só valorizam aquilo que toma grandes proporções. Mas não paramos pra ver que, por traz de cada resultado grandioso, existe um pequeno começo por trás.

A própria natureza nos ensina isso. O grão de mostarda é algo muito pequeno, mas sua semente se transforma em uma grande árvore. A nascente de um rio é algo quase insignificante em relação ao tamanho de um rio. Mas é através dela que se formam grandes mananciais.

Não despreze os pequenos começos

Todos nós admiramos as grandes obras. Mas essas grandes obras só existem porque alguém colocou um pequeno tijolo, o primeiro.

Você e eu temos uma obra a ser feita. Deus colocou grandes sonhos, metas, objetivos para cada um de nós. E é normal nos sentirmos pequenos e incapazes. Na verdade, tudo isso nos faz ter consciência da nossa dependência e submissão a Ele.

Os pequenos começos não são glamourosos. Não atraem muitos seguidores no Instagram, não fazem as pessoas se impressionarem, não atraem turistas. Na verdade, só atraem descrédito e desconfiança.

Eles trazem grandes desafios. Não será fácil. Mas, se este humilde começo é de Deus, Ele se encarrega de fazer coisas grandiosas a partir dele. Entenda que a grandeza não está no quanto as pessoas percebem.

A verdadeira grandeza está no quanto de Deus existe no seu pequeno começo!

Entregue tudo a Deus. Ele vai cuidar dos resultados. Ele vai fazer grandes coisas.

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